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ANO 23 • NÚMERO 37 • JULHO DE 2018
 
 
Artigo Comentado
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Fixação com miniplaca de angulo estável das não uniões crônicas instáveis do escafoide

Journal of Wrist Surgery. Fevereiro de 2018;7(1):24-30. PMID: 29383272
  Autores:
Philip M.J. Schormans, MD
Peter R. G. Brink, MD, PhD
Martijin Poeze, MD, PhD
Pascal F. W. Hannjemann, MD, Phd
 
 

O membro da SBCM e especialista da Santa Casa de Maceió Dr. Raimundo de Araujo Filho, comenta artigo publicado no Journal of Wrist Surgery em fevereiro de 2018. Confira:

A proposta deste estudo foi investigar a viabilidade da fixação da não-união do escafoide com uma miniplaca volar angular estável e enxerto ósseo esponjoso. A cura da não-união do escafoide é essencial para a prevenção do SNAC e o subsequente padrão previsível da osteoartrite radiocárpica.

As perguntas que o artigo procura esclarecer são: Essa técnica pede ser bem sucedida? Ela pode ser usada mesmo em pacientes com cirurgia prévia para não união escafoide e em pacientes com longa duração de não união do escafoide?

Pacientes com ou  sem cirurgia previa de uma fratura de escafoide foram incluídas neste estudo. Todas as não uniões foram diagnosticadas no período pré-operatório com tomografia computadorizada multiplanar e todos foram avaliados com RNM pré-operatória para determinar presença de avascularidade do polo proximal.

No período entre novembro de 2013 e maio de 2016, 21 pacientes com não-união de escafoide foram recrutados para um estudo de coorte prospectivo.  A cicatrização da não-união foi avaliada na tomografia computadorizada multiplanar do punho em um intervalo de 3 meses. O resultado funcional foi avaliado pela medida da força de preensão, amplitude de movimento em comparação com o punho contralateral e por meio do questionário PRWHE com 3, 6 ,9 e 12 meses após a cirurgia. Durante o seguimento 19 dos 21 pacientes (90%) mostraram consolidação radiográfica da não união. A amplitude de movimento não melhorou significativamente. Pontuações pós-operatórias PRWHE diminuiram 34 pontos. A cicatrização ocorreu independentemente do período de tempo da não união (intervalo: 6-183 meses) e independentemente da cirurgia anterior (38% dos pacientes).

A limitação do presente estudo esta no fato de que é uma descrição de séria de casos e sua análise de resultados, sem um estudo comparativo, possuindo um nível de evidencia baixo.

   
   
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