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ANO 23 • NÚMERO 41 • SETEMBRO DE 2019
 
 
Artigo
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Enxerto ósseo no tratamento da não consolidação do escafoide com necrose do polo proximal: revisão da literatura

 

Por: Antônio Lourenc¸o Severoa, Marcelo Barreto Lemosa, Osvandré Luiz Canfield Lecha, Danilo Barreto Filhob, Daniel Paulo Strackc e Larissa Knapp Candidoa

Comentado por: Dr. Osvaldo Mendes de Oliveira Filho

 
 

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As fraturas do escafoide continuam sendo um desafio quanto ao seu tratamento. Elas correspondem a 60% das fraturas dos ossos do carpo, com 10% delas evoluindo para a não consolidação e 3% para necrose do polo proximal. A principal causa da não consolidação é o deslocamento dos fragmentos e a necrose avascular ocorre predominantemente no polo proximal devido às peculiaridades da sua vascularização que é totalmente dependente da circulação intraóssea.

Esta importante revisão literária teve como objetivo avaliar e comparar as taxas de consolidação no tratamento das fraturas do escafoide com necrose do polo proximal, analisando a utilização de diferentes tipos de enxerto ósseo, vascularizados e não vascularizado. Para tanto, foram revisadas 13 séries de casos mais recentes, sendo que destas, apenas 3 utilizaram enxerto não vascularizado.

Observaram que, nos últimos tempos, tem havido uma predileção pelo uso de enxertos ósseos vascularizados nos tratamentos de não consolidação do escafoide, principalmente quando havia sinais de necrose do polo proximal, com índice de sucesso de 88% contra 47% quando se usava enxertos não vascularizados.

Dentre as técnicas de enxertos ósseos vascularizados, a mais empregada foi a descrita por Zaidenberg et al pelas altas taxas de sucesso obtida e por utilizar uma artéria de mais fácil identificação, a artéria suprarretinacular, localizada entre o I e II compartimentos dorsais do punho.

Os autores concluíram que não há um consenso na literatura se o tratamento com enxerto vascularizado é efetivo em todos os casos com necrose do polo proximal do escafoide, mas atingiram seus propósitos apontando-nos a tendência mundial para a condução mais adequada desta difícil complicação.

 

Osvaldo Mendes de Oliveira Filho

Cirurgião da Mão, Professor de Ortopedia da UFPI (Universidade Federal do Piauí)

Mestre e Doutor em Ciências Médicas - UNICAMP

   
   
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