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ANO 23 • NÚMERO 39 • MARÇO DE 2019 |
Artigo |
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Uso da Ressonância Magnética para o Diagnóstico das Lesões do Plexo Braquial |
Por: Bruno Azevedo Veronesi, Marcelo Bordalo Rodrigues, Marina Tommasini Carrara de Sambuy, Rodrigo Sousa Macedo, Álvaro Baik Cho, Marcelo Rosa de Rezende |
Confira o artigo completo, clique aqui. Parabenizamos os autores pela importante publicação, especialmente pelo aumento da frequência das lesões traumáticas do plexo braquial, notadamente nos grandes centros, em decorrência do incremento do número de acidentes automobilísticos envolvendo motocicletas. Trata-se de importante estudo em que se faz a correlação entre os achados na ressonância magnética e os da exploração cirúrgica. Ao analisar a importância do diagnóstico de imagem podemos fazer as seguintes considerações:
A ressonância magnética (RM) por ser um método não invasivo, com capacidade multiplanar e grande resolução tecidual vem se consagrando como uma importante ferramenta diagnóstica nesse sentido, permitindo não só o diagnóstico topográfico e graduação dessas lesões, mas também a identificação de achados indiretos como pseudomeningocele e denervação muscular. A anatomia do desfiladeiro torácica é pouco conhecida pelos médicos radiologistas em geral e o conhecimento de seu arranjo vascular é fundamental para a otimização dos protocolos de RM, que como os autores pontuaram devem conter sequências volumétricas sensíveis a líquido e difusão. A mielografia e mielotomografia além de serem exames invasivos, que utilizam radiação ionizante e contraste iodado, possuem alta acurácia para a avaliação apenas da anatomia pré-ganglionar, enquanto a RM avalia com satisfatória sensibilidade e especificidade as regiões pré e pós-ganglionares conforme demonstram os autores. Por ser um método anatômico a RM não deve ser utilizada com o intuito de avaliação funcional dessas lesões, o que pode ser suprida através do estudo eletroneuromiográfico. Portanto conforme demonstrou o estudo a RM é um método de imagem eficaz para avaliação do plexo braquial e o conhecimento da anatomia do desfiladeiro torácico e das principais sequências de aquisição é de suma importância no auxilio no diagnóstico das lesões traumáticas nesta topografia.
Autores do Comentário Mário Yoshihide Kuwae Supervisor da residência em Cirurgia de Mão do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás.
Renato Tavares Daher |