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ANO 23 • NÚMERO 37 • JULHO DE 2018
 
 
Artigo Comentado
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Ressecção do Polo Distal do Escafoide para Pseudoartrose do Escafoide com Artrose Radio-escafoide e Intercarpal

JOURNAL OF HAND SURGERY, julho de 2003, Vol. 28A, No. 4, Páginas 591-596.

  Autores:
Osamu Soejima, MD, Fukuoka, Japan, Hiroyuki Iida, MD, Miyazaki, Japan, Tatuo Hanamura, MD, Oita, Japan, Masatoshi Naito, MD, Fukuoka, Japan.
 
 

Confira o artigo completo, clique aqui.

O membro da SBCM e especialista em Mão e Microcirurgia do Hospital Celso Ramos de Florianópolis, Dr Cristiano Paulo Tacca, comenta o artigo publicado no Journal of Hand Surgery, em julho de 2003, confira:

A proposta do estudo foi relatar a experiência clínica dos autores com a ressecção do polo distal do escafoide em pacientes com pseudoartrose sintomática do escafoide associada a artrose rádioescafoide e intercarpal com múltiplas cirurgias prévias.

As perguntas que o artigo procura esclarecer são: A técnica de ressecção do polo distal do escafoide proposta por Malerich pode ser uma ferramenta adicional no tratamento da pseudoartrose do escafoide de longa data e recalcitrante? Há aumento importante da amplitude de movimento e da força com essa técnica? Esta técnica pode ser usada em pacientes com artrose radioescafoide e intercarpal associadas?

O artigo apresenta 9 pacientes operados na mesma instituição, monitorados por mais de 1 ano, sendo 8 homens e 1 mulher. A faixa etária foi de 23 a 68 anos (média 45,2). Sete pacientes foram submetidos a cirurgias prévias com osteossíntese e enxerto de ilíaco (foram de 1 a 4 cirurgias prévias com média de 2,1). O período médio da cirurgia inicial para a proposta foi de 94,3 meses.  O seguimento oscilou de 12 a 52 meses com média de 28.6 meses. Todos os pacientes apresentavam artrose radioescafoide e 6 apresentaram artrose capitatolunar nas radiografias. A ressecção do polo distal do escafoide foi aberta, via palmar e no pós-operatório ficaram imobilizados por 2 semanas. Foram analisados critérios com a dor, retorno ao trabalho, força de preensão e amplitude de movimento pré e pós-operatórios, usaram o escore de Mayo modificado e foram avaliados também as radiografias pré e pós-operatórias.

A técnica utilizada se mostrou, segundo o estudo, satisfatória, sendo uma opção viável para uso em pacientes com pseudoartrose sintomática do escafoide de longa data e recalcitrantes. A técnica contou com curto período de imobilização, não inviabilizando uso de técnicas adicionais se necessário e com bom incremento funcional.  Todos os pacientes retornaram ao trabalho, houve aumento da amplitude de movimento de 51 para 94% do lado oposto, e da força de 40 para 77% do lado oposto, ambos estatisticamente significativos. Houve melhora do escore clínico sendo que 6 pacientes foram excelentes e 3 bons. A ressecção do polo distal do escafoide foi efetiva mesmo com os pacientes demonstrando alterações radiográficas de artrose radioesacafoide e capitatolunar.

Limitações do estudo são o fato de apresentar conclusões com baixo nível de evidência (séries de casos), o número de casos e o tempo de seguimento foram reduzidos e também que não correlacionaram achados cirúrgicos com os radiológicos em relação a artrose.

   
   
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