...
 
ANO 23 • NÚMERO 35 • MARÇO DE 2018
 
 
Artigo Comentado
...
 
Avaliação clínica e radiográfica da fixação com haste Intramedualar para o tratamento de fraturas metacarpais intáveis

HAND 2018, Vol. 13(2) 184–189
  comentado por Samuel Ribak
e Helton Hiroshi Hirata

 
 

O secretário geral da SBCM, Samuel Ribak e Helton Hiroshi Hirata, comentaram o artigo publicado na revista Hand, em fevereiro de 2018, dos autores Ather Mirza, Justin Mirza, Chris Healy, Vishaaq Mathew e Brian Lee. Confira:

A proposta deste artigo foi avaliar os resultados clínicos e radiográficos em uma série de fraturas instáveis metacarpais, as quais após a redução não se mantiveram estáveis na posição de segurança, necessitando de implante de fixação. Fraturas que envolvem múltiplos metacarpos têm menor força de estabilização ao seu redor, pela ação de forças musculares deformantes.

Pergunta: Fraturas de dois ou mais metacarpos em diáfise tem indicação ou bons resultados com a técnica de fixação intramedular?  Um fio somente é suficiente? Qualquer traço de fratura recomendado para utilização de haste intramedular?

Todas as fraturas metacarpais instáveis que mereceram fixação, foram realizadas pelo método da haste intramedualar. Sempre visaram os seguintes objetivos: fixação estável, menos agressão a partes moles, mobilidade precoce, retorno mais precoce ao trabalho e a atividade diária de rotina. Foram utilizadas o DASH score e medidas de força comparativas com o lado contra lateral e desvios angulares e de encurtamento aceitáveis.

No período de 2003 a 2010, 55 pacientes foram elencados (fraturas diafisárias, do colo e da base dos metacarpos com extensão para diáfise). As hastes foram introduzidas tecnicamente anterogradamente pela técnica do “bouquet” de Foucher. A maioria utilizou-se apenas uma haste intramedular. Oito casos foram fraturas múltiplas. Todas as hastes foram removidas após 14 semanas. Notaram 3 casos de irritação do tendão extensor e outros dois casos foram reoperados com troca de hastes. Todos as fraturas consolidaram, com mobilidades precoces e os pacientes retornaram as suas atividades diárias de rotina, com um mínimo de complicações. Os autores consideram um bom método de fixação.

Algumas limitações do trabalho podemos destacar: embora a força tenha sido mensurada, não foi utilizado na análise dos resultados clínicos. O encurtamento metacarpal não foi comparado com o lado contralateral. O estudo não foi nem randomizado e nem foi cego.

 

Comentários do livro de cirurgia da Mão Green - última edição: capítulo 07

Charles S. Day.: Faz menção aos fios intramedulares como um método fácil, dispende menos tempo para realização. Permite movimentação precoce. Indicado para fraturas transversas. O fio não fica exposto na pele e sua remoção não é necessária. 

Suas desvantagens são: não indicada nas fraturas oblíquas ou espirais por não ter estabilidade rotacional, os pinos podem migrar e ocasionalmente promover distração no foco da fratura.

> Confira o artigo completo da Revista Hand

   
   
...