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A 38ª edição do Congresso Brasileiro de Cirurgia da Mão teve início oficial nesta quinta-feira, dia 16/08. Cerca de 650 pessoas acompanharam a programação do primeiro dia de evento, que, neste ano, tem como temas oficiais patologias congênitas, artroscopia do punho e traumas do membro superior.
A manhã começou com a apresentação do especialista internacional Amit Gupta sobre artroplastia do punho e sobre reconstrução da articulação interfalângica proximal. Em uma sala paralela, foram realizadas três palestras nacionais. A primeira delas, ministrada pelo Dr. Antônio Jorge Forte, debateu a microcirurgia para vasos linfáticos. A segunda discutiu o uso da toxina botulínica na cãibra do escrivão e foi apresentada pela Dra. Suely Mitiko Gomi Kuwae. Já a terceira delas focou os relatos do Dr. Rui Ferreira da Silva sobre suas experiências em missões internacionais.
Em seguida, quatro mesas redondas modernas aconteceram simultaneamente. A primeira trouxe como tema as deformidades congênitas, já a segunda abordou fraturas e luxações do carpo. A terceira debateu a paralisia obstétrica nos dois primeiros anos de vida; a quarta, o tratamento da fratura do rádio distal além da Watershed Line. Após estas palestras, houve a apresentação de quatro sessões de temas livres, que foram selecionados pela Comissão Científica da Sociedade.
Para fechar a manhã, o Dr. Amit Gupta apresentou nova palestra, desta vez, sobre reconstrução do polegar. No mesmo horário, na sala ao lado, estava o espanhol Alex Muset que discutiu a abordagem neurológica da paralisia obstétrica nas lesões do tronco superior e médio. Na ocasião, ele mostrou as conclusões de sua experiência de 20 anos na área. “Para um tratamento completo é muito importante envolver a família. As cirurgias e fisioterapia alcançarão 100% dos resultados se houver o empenho da família em estimular a criança em casa”, afirmou. Ele destacou também: “são muitos casos e por isso a experiência é importante. Para os jovens cirurgiões, contar com a ajuda de profissionais mais experientes é fundamental”.
No período da tarde, a programação foi retomada com duas palestras internacionais, uma de Amit Gupta sobre problemas da articulação rádio-ulnar e outra de Jeffrey Yao (EUA), que apresentou a abordagem artroscópica das lesões do escafoides. No fim da tarde, ele discutiu, novamente, sobre a Síndrome de impacto ulno-carpal.
Os congressistas ainda puderam participar de mais três sessões de mesas redondas que debateram o tratamento da Pseudoartrose de Escafoide por via artroscópica, o tratamento das Sindactilias complexas/complicadas e as transferências nervosas x tendíneas para paralisias distais ao cotovelo. Também foram realizadas quatro sessões do “meu pior caso” e uma de cross fire. O espanhol Alex Muset voltou no fim da tarde e abordou a transferência muscular livre em paralisia obstétrica. |
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